quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Contos Macabros #29-Inocência Arrancada

Corinne era uma garota de 15 anos de idade, que além de ser uma ótima aluna, possuía uma grande afeição por crianças. Ela era conhecida em sua cidade por ser uma das melhores babás e de total confiança. Sempre era contratada por famílias ricas, que quando saíam para jantares, reuniões ou festas, entregavam sua casa e filhos nas mãos dela, que não deixava a desejar: fazia um trabalho excelente e era adorada por pais e pelas crianças. Assim era com Erik, o bebê de 2 anos de uma das famílias ricas com que trabalhava. Já fazia alguns meses que ela havia se tornado a babá dele, e seu trabalho era muito elogiado.
Corinne chegou como de costume: 10 minutos antes da hora combinada. Deixava tudo pronto para poder passar a noite com o pequeno, enquanto seus pais não voltavam. Geralmente, Erik assistia televisão, brincava com seus cubos coloridos, tomava um pouco de leite e dormia, tudo isso antes das 21h, o que deixava o resto da noite livre para Corinne.
Mas esta noite seria muito diferente.
Eram 19h quando seus pais saíram, e iriam voltar às 22h. Corinne fechou a porta e as cortinas da entrada, ao dar a volta, ficou em silêncio. Erik, que deveria estar dentro de seu quintal de brincar, não estava. A noite seria longa se o pequeno estivesse com vontade de aprontar.
Demorou alguns minutos até encontra-lo, algo estranho estava acontecendo, disso estava segura. Erik estava mais inquieto do que o normal, chorava por qualquer coisa e estava irritado. Eram quase 21h e Corinne não conseguia acalmar o menino. Ela resolveu esquentar um pouco de leite, pois leite morno costumava dar sono nele. Após mamar, o pequeno subiu para o quarto, no colo da babá. Ela ligou o abajur, que refletia figuras nas paredes. Para ela, era um pouco assustador o modo como o quarto ficava com aquelas figuras refletidas nas paredes, nos brinquedos e até sobre ela, que estava sentada numa poltrona, balançando e ninando Erik.
Ao ver que o menino dormiu, saiu do quarto em total silêncio. Quando colocou o pé no primeiro degrau da escada que levava à sala principal, escutou um grito do pequeno, e, assustada, regressou rapidamente ao quarto.
Abriu a porta… Erik estava sentado na cama, olhando para a porta, ou era isso que parecia. Seus olhos estavam completamente negros, seu rosto havia se deformado e seus gritos se tornavam cada vez mais fortes e altos. Corinne não sabia se deveria se aproximar ou não, mas já seria tarde, Erik se aproximou mais rápido.
Esta noite, os pais do menino encontraram a porta principal aberta. Revistaram a casa inteira, mas não encontraram nada fora do comum.
Em seu quarto, dormia tranquilamente Erik, como se nada tivesse acontecido. Suspirava enquanto dormia, como fazia todas as noites e encantava seus pais.
De Corinne, nada mais se soube.
Nem seu corpo foi encontrado.

Creepypastas #14-O Profeta Risonho

“Pessoas estão morrendo na cidade. Essa cidade de cinzas já está demasiado pútrida, sem sal, sem gosto, sem vida. E eu trago a boa nova. Sou eu aquele que observa a todos de longe. Sou eu que passo meus dedos frios pelo seu rosto quando você acorda de madrugada, com medo, sem entender o por quê de ter acordado aquela hora, e com uma desconfortável sensação de que está sendo observado. Pessoas morrem. Eu às levo. Eu sou o condutor do trem de passagem. Estique-me sua mão e toque meus dedos. Se você merecer, eu te levo comigo.
-O Profeta Risonho”

A carta fora deixada ao lado do cadáver. Seria clichê demais se estivesse escrita com sangue. Não. Fora escrita à caneta. Preta. Em um pedaço de papel. Branco.
O cadáver? Destroçado. Pudera a pobre coitada resistir, talvez. Mas fora inútil. Seu estômago estava aberto em cortes cirúrgicos e precisos. Coisa de profissional, sem dúvida.
No rosto da pobre coitada, os olhos ainda abertos estavam embebidos de terror. “Puta que me pariu...” pensou “Que filho da puta maníaco faria uma coisa dessas?”
Tiago era o policial encarregado da operação. Eram cinco da manhã, ou quase isso. O sol começava a raiar pelo mato do lado de fora da casa, e dava um tom mais ameno à cena do crime.
Era uma pequena casa de tijolos, abandonada e fodida, sem telhado e com as paredes meio derrubadas. Ficava no meio do mato. O corpo da garota, estendido no chão, fazia qualquer um que achasse aquele início de manhã bonito se lembrar de como o ser humano não passa de um monte de merda.
Além de Tiago, outro policial fazia companhia ao cadáver: seu nome era Rafael. Rapaz jovem, porém sagaz.
Os dois fumavam, apoiados na parede, com a esperança de que a fumaça e a nicotina afastasse de suas narinas o fedor da pobre coitada estraçalhada no chão.
-Eu ainda custo a acreditar que alguém faria isso com uma garota tão bonita- falou Rafael, em meio a baforadas.
-E eu custo a acreditar que alguém faria isso.
-Será que o filha da puta estuprou ela antes ou depois de estraçalhar?
-Eu nem quero pensar nessa merda! Sai pra lá!
-Fica frio, Tiago. Olha ela aí. Quantos anos cê acha que ela tem, hein?
-Tinha, cê quer dizer, né?
-Tinha, tem, foda-se. Quantos anos?
Tiago segurou a fumaça nos pulmões por um segundo, para refletir. Enquanto a nicotina (mais queria ele que fosse cannabis) preenchia seus alvéolos pulmonares e fazia o trabalho que o oxigênio não podia de lhe relaxar, turbilhões de imagens preencheram a sua mente.
-Dezenove no máximo.- respondeu ele.

Haviam encontrado o corpo no fim da madrugada. Dois dias de busca pela garota desaparecida, que sumira enquanto voltava da faculdade à pé, no fim da tarde. A cidade era Araraquara, interior de São Paulo. Cidade tranquila, pode-se dizer assim. Se não fosse pelo cheiro de laranja infernal que cobria aquele antro de tranquilidade, podia-se até morar lá.
Natália era seu nome. Desaparecera. Fora estuprada e estraçalhada. Deixara pra trás falsos amigos, uma mãe descontente por ela ter escolhido o curso de química e não medicina, um namorado que estava prestes a terminar o relacionamento, uma colega de quarto imbecil e cinco quilos de pó no armário do quarto. Relatos das pessoas próximas à garota diziam que a mesma andava dormindo mal nos últimos dias. Chegava na faculdade com cara de ressaca, mas ninguém perguntava porra nenhuma. Garotas daquele tipo eram conhecidas por passarem a noite bebendo nos postos de gasolina da cidade ao lado de playboys, se entupindo de crack até sair pelos olhos.
Mariana, sua colega de quarto, afirmou que Natália não dormira nada nos últimos três dias, com medo. Ouvia rangidos pela casa, unhas raspando na sua janela de zinco, acordava no meio da noite com uma risada leve vindo de outro canto do quarto, e que mesmo estando completamente sozinha, sempre se sentia observada. Mariana não estranhara, pois achava que a amiga andava usando algum tipo de droga extremamente fodida. Ela acordava de noite, batia na sua porta, e Mariana ao abrir encontrava uma Natália com olheiras colossais, suada e tremendo.
-Mari, tem alguém no meu quarto... por favor me deixa dormir aqui com você...- pedia ela com a voz fraca de pavor.
-Natália, vai dormir, porra. Não tem ninguém no seu quarto, você andou cheirando demais.-
E fechava a porta.
Quando Natália não voltou pra casa na sexta à noite, Mariana nem ligou. A amiga costumava passar as noites fora no fim de semana, normalmente em alguma república onde ela faria sexo com cinco caras ao mesmo tempo.
No sábado ninguém vira Natália, e Mariana começou a ficar preocupada.
No terceiro dia ela já havia ligado para a polícia. Mas já era tarde demais.
Quando soube da morte trágica da amiga, Mariana se desesperou. Gostava de Natália. Apesar da amiga de uns tempos pra cá estar virando uma viciada do caralho e tornando sua vida um inferno, não era má pessoa.
Mal sabia ela que em breve se juntaria à garota.

Onze e pouca da noite e o telefone toca.
Tiago se levanta do sofá, balançando o copo de uísque entre os dedos, e atravessa a sala, iluminada somente pela luz da tevê.
-Alô?
Uma voz calma, porém sombria, responde do outro lado da linha.
-Pessoas estão morrendo na cidade. Eu às levo. Purifico-as e lavo suas almas com seu próprio sangue. Sangue tem gosto de vida. A vida é irmã da morte. Elas caminham de mãos dadas. Meu sorriso brilha através da escuridão envolvente da noite. O ocaso esconde meu rosto. Eu sou a luz. Eu sou a piada mortal. Será que você consegue me parar?
Tiago esfrega os olhos, tentando entender o que diabos é aquilo.
-Quê? Que porra é essa? Quem tá falando?
Um choro fraquinho e doloroso pode ser ouvido ao fundo, no outro lado da linha.
-Que merda é essa? Quem é?
A pessoa do outro lado da linha dá uma risadinha maliciosa, e sussurra:
-Eu estou te esperando
A ligação se encerra. Tiago engancha o telefone, recua e deixa seu corpo cair na poltrona, confuso. “Que porra foi essa?” pensa ele. Talvez seja a confusão, o cansaço, ou até o uísque, algum desses três fatores, ou os três, faz com que ele feche os olhos e durma quase instantaneamente. Vários minutos se passam.
São meia noite e alguma coisa, e o telefone toca novamente.

-Escuta aqui, seu merda, o que você quer?
Tiago acordara de súbito e atendera o telefone daquela maneira, sem ao menos perguntar quem era.
-Tiago?
Não era a  voz de quem lhe telefonara antes. Era Rafael.
-Oi... oi Rafa, me desculpa, eu acabei de acordar.
-Cara, eu preciso de você aqui na Trinta e Seis agora mesmo. Aconteceu outro assassinato.
Tiago sentiu o coração gelar.
-Quem foi?- perguntou ele temendo pela resposta, que provavelmente ele já sabia.
-Mariana, a colega de quarto da garota que foi morta semana passada. Ela foi assassinada da mesma maneira que a amiga.-

As luzes da viatura iluminavam o interior da casa.
O chão era uma sopa de sangue e tripas. Os órgãos internos da garota haviam sido retirados e jogados pela sala. Seus olhos, perfurados. Sua língua, arrancada. Os cantos de sua boca, cortados formando um sorriso.
Na parede, estava escrito com algo que não dava pra distinguir se era sangue, tinta, ou uma mistura dos dois:

“Sorria, vagabunda! Você irá dormir com aquele de sete bocas nas profundezas do inferno essa noite!”

Ao lado do cadáver, a mesma carta deixada no caso anterior.
Tiago não sabia o que pensar. O celular da garota havia sido deixado em cima do sofá, e nos registros de ligações, a última chamada havia sido para o seu número. O assassino havia ligado para ele enquanto matava Mariana.
Essa merda havia chegado longe demais. Tiago precisava descobrir quem era o puto, e como esse miserável sabia o número dele.
-Tiago...- chamou Rafael.
-Fala
-Eu andei dando uma pesquisada nos registros. Esses dois não são os primeiros casos de assassinatos brutais nesse mesmo protocolo no brasil. No decorrer desse bimestre, ao redor do Brasil todo, pessoas vem sendo brutalmente assassinadas, por um cara que se intitula “O Profeta Risonho”. Acho que se trata de algum tipo de serial killer que está viajando o Brasil todo. Provavelmente a essa hora ele já saiu da cidade.
-Precisamos pegar esse desgraçado imediatamente. Esse banho de sangue não pode se espalhar pelo país, Rafa.
-Eu acho que já está se espalhando...

Dois dias depois, Tiago acorda no meio da madrugada.
Faz frio. Ele não entende o motivo de ter acordado tão, cedo, visto que ainda estava extremamente cansado.
O policial recosta a cabeça no travesseiro, e tenta voltar ao sono...
Quando ele ouve uma risadinha maliciosa vindo do outro lado do quarto. Tiago sente cada pelo do seu corpo se arrepiar. Ele se levanta de súbito e vê alguém parado diante sua cama.
A figura usa uma jaqueta preta, com um capuz repousando sobre a cabeça. A luz da rua que entra pela janela ilumina seu rosto. Rosto? Não, não é possível ver seu rosto. Ele usa uma máscara. Uma máscara branca, retratando um rosto de expressão neutra. Na boca do rosto da máscara, está pintado de preto, malfeito, como se fosse uma pintura a dedo, esticando além dos cantos, um sorriso macabro. No olho direito duas gotas de tinta seca escorrem, como lágrimas. Na testa da persona, pintado também à dedo em tinta preta, um círculo com um X no meio.
Tiago não grita, não pede por clemência, nem ao menos consegue se mover. A figura estica o braço e acaricia seu rosto.
-Quem é você?- pergunta Tiago.
-Eu sou a voz daqueles cuja alma fora condenada. Eu sou aquele que traz a boa nova. Eu sou o Profeta Risonho- responde a figura.
Sua voz é calma, suave, porém debochada. Pelo timbre, parece se tratar de um adolescente. Não deve ter mais de dezoito anos.
Tiago fecha os olhos e aceita seu destino. O Profeta estraçalha-o dolorosamente com um facão. Tiago demora a morrer, ao ponto que a morte acaba sendo um alívio para ele.
O assassino observa sua arte. Talvez aquela tenha sido sua obra prima. Ele guarda seu facão, escreve uma carta com suas profecias e deixa ao lado do cadáver.
O Profeta Risonho sai caminhando pela rua escura.

Pessoas estão morrendo na cidade. Quem as leva? Ninguém sabe realmente.
Você provavelmente está lendo isso em algum blog, ou ouvindo pela voz de algum narrador no You Tube. Sim, eu estou falando com você. Você aí mesmo. Quem você acha que escreveu tudo isso?
Eu preciso que minha mensagem seja espalhada. Eu vou encontrar cada um de vocês, purifica-los, e enviar sua alma para as profundezas do mundo sombrio. Através da minha história, você já está alarmado de quem eu sou. Aguarde-me. Eu estarei atravessando o país todo, cada canto do Brasil, procurando por você. Assim, quando você acordar de madrugada, com aquela sensação de que está sendo observado, sou eu que estou ali no seu quarto, te observando, te estudando, e em breve eu te purificarei.
Pode rir se quiser. Os mais céticos são meus preferidos. O olhar de surpresa no rosto de vocês quando eu vos corto me delicia.
Em breve eu estarei na sua casa. Em breve você irá me conhecer.
Pessoas estão morrendo na cidade. E em breve você será uma delas.
Inclusive você, meu garoto. Você irá gritar quando eu te cortar.


Meu nome é Profeta Risonho... e aqui eu divulgo a boa nova. . .


Fonte:SigmaPasta

Creepypastas Clássicas #21-Clockwork:Seu Tempo Acabou

Uma menina estava sentada em seu quarto. Ela tinha o cabelo castanho com pequenas tranças bagunçadas, assim como seus olhos castanhos que olhava para a porta. Ela abraçou sua girafa de pelúcia bem perto de seu pequeno corpo enquanto ouvia os gritos altos da discursão entre de seu pai e sua mãe.
-Eu nunca deveria ter feito nenhum desses filhos – Gritou uma voz alta masculina – Tudo que eles fazem é reclamar e rabiscar as paredes…
Ele foi cortado pelo alto grito da mãe das meninas.
-Não fale assim dos seus filhos David! Elas são apenas crianças!
-Não fode Mary! Eu não quero ouvir suas desculpas inúteis! Já aguentei o suficiente com elas!
– E o que você pensa em fazer David?

A menina ouviu os passos altos vindo em direção ao quarto dela e ela abraçou ainda mais forte a pequena girafa.
A porta foi violentamente aberta e na porta estava o enorme e irritado pai segurando um livro grande e pesado em uma de suas mãos carnudas.
-Por favor! Pare com isso David! – Gritou a mãe.
O pai ignorou os gritos suplicantes de sua esposa. Ele agarrou a menina pelo pescoço, ela gritou, chutou, se contorceu e tremeu de medo. O pai das meninas ergueu o enorme livro didático em direção ao pequeno rosto da criança.
-Isso é pelos desenhos e rabiscos em minhas paredes! Sua vadia.
Anos mais tarde, a menina era conhecida como Natalie e agora tinha 17 anos de idade. Ela estava sentada em sua sala, assistindo TV. O pai dela estava gritando sobre economizar alguma merda, mas ela há muito tempo não dava a mínima ao que ele falava e continuava mastigando um pouco de pipoca.
Ela também estava fazendo um desenho. Usando bastante o lápis vermelho ela desenhava sangue, ela gostava de desenhar sangue. Era uma satisfação estranha. Fora isso, a multitarefa nunca foi um problema para ela. Desde mais jovem tornou-se evidente para ela que era capaz de fazer tantas coisas ao mesmo tempo. Desenhos acabaram se tornando seu talento e paixão. Era sua maneira de escapar da realidade, quando algo ruim preenchia sua cabeça ou quando ela estava simplesmente entediada.
-Bem, chegamos – Ela olhou para uma grande fachada na escolha que dizia “Instituto Walker Vill de belas artes”. Ela suspirou cansada e saiu do carro, colocando a mochila no ombro. – Até mais – disse ela fechando a porta do carro. Ela entrou na escola, conversou com um casal de amigos, depois foi até seu armário no terceiro andar, ela pegou seus livros e só então percebeu que estava 5 minutos atrasada, ela correu para a aula. Sua professora de inglês, já nervosa com o atraso, veio até a mesa de Natalie.
-Onde está sua atribuição, senhorita Natalie?
-Eu, hum.. Esqueci em casa.
A professora resmungou enquanto voltava à sua mesa: -Seu tempo acabou, Natalie, Não me decepcione.
Natalie parecia intrigada com esse pensamento por um momento. Ela não sabia por que, mas essas palavras pareciam derreter ela. Ela simplesmente ignorou e voltou a ouvir a aula, e adormecer não muito tempo depois, é claro.
Mais tarde naquele dia, ela estava indo para seu armário se preparando para o quarto período e de repente, seu namorado, Chris, veio até ela.
-Hey… Quero falar com você depois da escola, ok?
Ela sorriu carinhosamente para Chris, embora estranhamente, ela não esperava nada. Ele foi sempre um cara doce.
Durante as aulas de francês, ela não se atreveu a prestar atenção, em vez disso, ela rabiscou uma coisa que ela adorava desenha: sangue, gore, pessoas sendo esfaqueadas e facas. Outras pessoas dizem que é muito obscuro ela desenhar essas coisas, mas ela não via nada de errado com ele.
– Senhoria Natalie!
Ela rapidamente cobriu os desenhos em seu papel e olhou para seu professor de inglês.
-Sim…
Ele gesticulou para mover seu braço com uma leve virada de cabeça.
-Mostre o seu trabalho.
Ela hesitante moveu o braço para mostrar a imagem de alguém sendo esfaqueado. O professor olhou perplexo, olhando para ela e para o desenho. Ela sorriu nervosamente.
-Apague isso e comece a fazer seu trabalho – ele disse em um tom calmo. Ela suspirou de alivio e começou a apagar a imagem – E senhoria Natalie – Ela olhou para ele – Seu tempo esta quase acabando, comece a fazer seu trabalho. Sugiro que comece agora. De novo ela resmungou com essa observação. O tempo sempre parecia estar contra ela, na medida em que ela se importava o tempo que se foda.
Após a aula, ela saiu da escola para encontrar seu namorado em pé, perto da calçada. Ela sorriu e se aproximou, esperando que os problemas daquele dia fossem esquecidos perto dele. Mas quando ela se aproximou, seu sorriso desapareceu. Ele não estava sorrindo de volta como de costume.
-Chris, aconteceu alguma coisa? O que você queria me falar?
-Natalie, eu acho que chegou a hora de cada um seguir sua vida, em pouco tempo teremos esquecidos um o outro.
Ela sentiu seu coração partido
-Esta terminando comigo? Mas por quê?
Ele deu um olhar severo.
-É a sua mentalidade, seus desenhos, eles me arrastam para longe de você. Acho que tem algo de errado com você, e a parte mais triste é que não me diz por que está agindo assim. Faz-me sentir irresponsável, então eu só… Não posso mais fazer isso… Nosso tempo juntos acabou… Eu sinto muito.
E com isso ele começou a se afastar.

Natalie colocou suas mãos na pia do banheiro de sua casa. Ela se olhou no espelho, seus olhos estavam se contraindo.
– Eu não vou me machucar como os outros. Serei mais forte.
Havia uma agulha e uma linha preta na mão.
– É inútil, não vai ajudar – Alguma sensação estranhar puxou seu subconsciente. Ela riu um pouco. – Não, eu estou fazendo isso porque eu quero. – ela levantou a agulha e a linha até o final do mesmo. Ela sorriu amplamente. – O tempo acabou.
Pedaço por pedaço, corte após corte. Mesmo com a dor excruciante, ela não lamentou, ela não choramingou, ela não chorou. Não havia mais lágrimas para derramar, tudo que ela fez foi sorrir. O sangue das perfurações caia gotejando na pia. Quando ela terminou, ela não se arrependeu e admirou seu trabalho prático. Ela acariciou os pontos horrendos ao lado de sua boca que se espalhou eu um largo sorriso. Ela sentiu o sangue quente e úmido em seus dedos e o lambeu com cuidado, consumindo o gosto metálico do líquido em puro êxtase.
Ela parou quando viu sua mãe através do reflexo do espelho com os olhos arregalados e o rosto pálido. De repente, ela sentiu a dor e gritou:
-Mãe?
Ela nunca se sentiu tão confusa. O que aconteceu com ela?

Sua mãe agendou uma terapia para ela. Natalie se livrou dos pontos e percebeu quanta dor trouxe então ela foi para o terapeuta. Ela usava um capuz, para não deixar ninguém ver. Ela sentou-se no assento de couro e olhou para mulher de cabelos loiros em frente a ela em silêncio.
-Seu nome é Natalie, certo?
Natalie apenas balançou a cabeça.
-Eu sou Debora e estou aqui para ajudar. Por favor me diga, o que tem te perturbado ultimamente?
Natalie levantou a cabeça.
– Tempo. O tempo tem sido meu problema.
Debora olha confusa.
– Como assim o tempo?
As mãos de Natalie segura o couro do assento.
– O tempo obriga você a viver com ele, progride lentamente ao longo da vida, controlando a sociedade, apenas para me torturar. Ele é um ciclo vicioso, o tempo não acaba, não abrange, não acelera. Ele é violento e nós vivemos através da tortura de não saber o que é realmente o tempo, não podemos avançar dentro dele.
Debora não tinha ideia do que estava dizendo. A terapeuta se inclinou mais perto.
-Querida, eu quero que você me diga o que aconteceu com você.
Natalie a encarou nos olhos. Fez uma longa pausa, ela sorriu exibindo as perfurações dos pontos ligeiramente abertos novamente.
-Por que você não me diz loira oxigenada. Você é a especialista aqui.
Debora parecia ter um olhar de irritada.
– Eu não posso ajuda-la até que você me dia o que está de errado, Natalie.
Seus dedos começaram a rasgar o assento de couro.
– Natalie não está mais aqui, não mais.
Com isso, os olhos de Debora se arregalaram, ela se levantou.
– Eu já volto. Por favor, espere aqui.
Ela saiu deixando-a sozinha. Natalie não se moveu, ela sentou-se perfeitamente imóvel. Depois de um tempo natural de espera e de impaciência, seus pais finalmente entraram. Ela ficou feliz de ir embora, mas ela notou as expressões de seus pais. Mesmo seu pai, tinha um olhar entristecido e estranho em seu rosto. No caminho, ela pensou que estava voltando para sua casa, e começou a adormecer.
Estranhamente ela ouviu uma voz sombria falando em seu sonho. Era como se a voz ecoava em uma escuridão eterna. – “Seu tempo acabou” – Ela acordou agitada e suor rolava pelo seu rosto.
Ela não estava em casa, ela não estava no carro, ela estava em uma cama, uma cama branca em um quarto totalmente branco. Ela olhou ao seu lado, vendo que estava ligada a um monitor cardíaco. Ela foi se levantar, mas de repente percebeu que estava limitada para se mover. Ela entrou em pânico, ela tentou lutar, mas fez uma pausa quando ouviu a porta à sua esquerda ser aberta. Um homem em uma camisa branca olhou para ela, com as mãos atrás das costas.
– Você deve estar muito confusa agora, eu posso imaginar, mas vou te explicar, nós só estamos aqui para ajudar. Seus pais concordaram em assinar um contrato para lhe dar algumas drogas mentais, na esperança de ajudar seu estado de espírito.
Ela abriu a boca para protestar, mas foi rapidamente silenciada.
– Você estará de volta ao normal em pouco tempo. Apenas tente relaxar. O tempo é seu amigo agora.
Ele se aproximou. Ela tentou se afastar, mas não conseguiu devido aos laços em torno de seu pulso e pernas. Ele cuidadosamente pegou uma máscara e colocou sobre a boca e o nariz. Ela tentou se livrar, mas sentiu-se sob o efeito das drogas e os seus olhos lentamente se fecharam.

De repente, ela acordou. Ela não conseguia entender o que diabos estava vendo.
Ela estava levando injeções múltiplas, sentia-se tonta, mas muito consciente de seus arredores. Sua frequência cardíaca estava começando a acelerar no monitor e os médicos tomaram conhecimento disso, eles olharam para ver seus olhos abertos. Um dos médicos estava gritando com outro. Ela não conseguia entender sobre o que eles estavam falando, mas de repente ela sentiu uma descarga de adrenalina e começou a tremer violentamente. Um dos médicos indo para segurá-la, mas por algum motivo hesitou em fazer isso. Todos os três médicos recuaram. Ela estava na beira da cama agora e arrancou a máscara e o tudo de seu braço, ela se levantou, começando a tropeçar, sua respiração engatou, sua visão ficou embaçada. Ela não conseguia se mover e de repente sentiu forte dores no peito. Ela agarrou o peito, onde seu coração estava, caiu de joelhos e cuspiu sangue, em seguida caiu no chão desmaiando.

Ela acordou lentamente, ela estava de volta na cada e os médicos estavam sentados ao seu lado. Algo deu terrivelmente errado, ela não sabia o porquê, mas sentia ódio contra o médico. Ele notou isso e desviou o olhar.

– Você não devia ter acordado enquanto estávamos dando-lhe as doses. Nós não sabemos como isso afetou você mas temos a sensação que vamos descobrir.

Ele parou por um segundo, antes de lhe entregar um pequeno espelho, sem olhar para ela.

Ele queria mostrar um efeito sobre sua aparência também, Ela se olhou no espelho. Seus olhos se arregalaram. Eles eram completamente verdes! Ela notou que ainda tinha a costura em sua boca, e por alguma razão ela se sentiu feliz. Sua frequência cardíaca começou a aumentar novamente, ela deu uma risada baixa. O médico olhou em choque vendo que ela estava de pé a poucos metros dele,

– Doutor – Ela disse, ainda rindo.

Ele tremia um pouco, pressionando um botão debaixo do monitor.

– Sim?

– Seu tempo acabou.

Um grito foi ouvido pelos corredores do hospital. Dois seguranças correram para o quarto, chutando a porta aberta. O sangue foi a primeira coisa que eles viram. Sangue nas paredes, cama, chão e até mesmo no teto. Natalie tinha levado o médico e amarrado na cama, sua coluna foi completamente fixada na cama que estava inclinada quase como um sanduíche e o corpo dele dobrado em uma posição anormal.
O sangue escorria de seus olhos, nariz, boca e lá no canto estava assassina, sorrindo, tirando fotos horríveis das paredes cheias de sangue seguida pela frase: “ Seu tempo acabou”.

Ela lentamente se virou para olhar para eles, com os olhos arregalados e um sorriso insano espalhado pelo seu rosto.

-Olá amigos, querem brincar?

A policia sacou rapidamente e antes que eles pensassem em atirar, ela rapidamente corre em suas direções com um canivete e faz um corte profundo, na linha da cintura, sangue e órgãos inundam e o policial cai no chão. O outro sacudiu a cabeça com medo, deixando sua arma cair. Ela caminhou lentamente até ele colocou a ponta da faca em seu peito.

– Seu tempo acabou.

Ela deslizou lentamente a faca para baixo percorrendo o caminho até seu intestino. Seus órgãos derramam no chão e logo depois seu corpo cai morto.


A mãe de Natalie estava dormindo em silêncio ao lado do seu marido. Ela acordou ao som de alguém batendo em sua porta, ela se levantou e saiu de seu quarto para ir abrir a porta. Chovia lá fora. Ela caminhou até a porta e parou quando estava prestes a agarrar a maçaneta. Ela ouviu um fraco riso, a chuva e o trovão parecia estar mais silencioso. Ela pressionou o ouvido contra a porta.

-Olá mãe.

Natalie chutou com força extrema, abrindo violentamente a porta, ela estava com duas facas na mão. Sua mãe cambaleou para trás, batendo a cabeça contra a chapeleira, ela agora sangrava incontrolavelmente, ela caiu no chão, paralisada, mas ainda consciente. Natalie se elevava sobre ela e lentamente se ajoelhou para ficar ao nível de seus olhos e lhe mostrou duas facas coberto de sangue grosso, vermelho.

– Eu estava sofrendo mãe – Ela passou a ponta das facas em sua bochecha cortando ligeiramente. Natalie inclinou a cabeça. – Você foi fraca. Você não fez nada – Tudo que sua mãe podia fazer era agitar e suspirar constantemente, como um peixe fora d’agua. Natalie pegou sua mãe, virou-a gentilmente, montou em cima dela e começou a fazer um “V” com um corte em seu peito. Sua mãe apenas suspirava e balançava. Natalie sabia que ela não tinha muito tempo de sobra. Ela começou a forçar e abrir a cavidade torácica de sua mãe com um alto estalo. Natalie coloca a mão dentro para pegar seu coração que bate lentamente em sua mão, pulsando cada vez mais fraco e mais fraco. Então ela o arrancou, o sangue se espalhou por todo o seu rosto. Ela olhou fixamente para sua mãe nos olhos enquanto ela morria lentamente.

– Bons sonhos – Ela disse para o cadáver de sua mãe – O seu tempo acabou.

Ela colocou o coração na boca de sua mãe, acariciando seu rosto suavemente e se levantou.


O pai de Natalie, David tinha acordado ao perceber que sua esposa não havia retornado. Seus olhos começaram a se ajustar à escuridão e de repente percebeu que Natalie estava ao lado da cama, sorrindo loucamente e com os olhos verdes brilhando na escuridão. O Sangue estava por todo seu corpo e o cheiro era insuportável. Ela fez uma expressão de uma falsa tristeza.

-Oh papai, a mamãe se foi! Agora quero saber quem vai conseguir dinheiro pra te bancar – Então ela agarrou seu pai pelo pescoço – Era só com isso que você se preocupava não é? Dinheiro era a única coisa que você gostava!

Seu pai, no entanto era lutador desde que criança, ele agarrou-a pelo pescoço e jogou-a no chão. Ele começou a bater em seu peito até que ela começasse a tossir sangue.

-Não se sente bem, papai? – Ela tossiu mais sangue – Afinal de contas, você nunca se importou com nó todos esses anos, não é?

Ele estreitou os olhos;

– Você não é minha filha!

Um sorriso largo espalhou pelo seu rosto e ela olhou para ele com os olhos brilhantes enquanto o sangue escorria de sua boca.

-Você está certo! Eu não sou sua filha!

De repente, ela o tropeçou, fazendo-o cair duro no chão, ela se levantou, com suas facas nas mãos.

– Eles dizem que quanto maior você for, mais difícil é para morrer!

Ela pegou um travesseiro e colocou em seu rosto e então começou a esfaquear fazendo que a lâmina atravessasse o travesseiro acertando o rosto de seu pai, e a cada golpe ele ficava menos agitado e o som de desespero diminuía.

Quando ela jogou a travesseiro para longe, seu rosto estava horrivelmente mutilado.
Ele estava gemendo, chorando de dor.

– Qual o problema, papai? É dor demais para você? – Ela ainda estacou suas duas facas em seu estômago, puxou a cama para mais perto dele e levantou-a colocando um os pés da cama sobre a faca e soltando para que todo o peso pressionasse sobre o corpo. Ele começou a engasgar e o sangue derramou de sua boca, sua respiração ficou em silêncio. Ela subiu na cama para exercer mais pressão sobre o peso e então seus órgãos explodiram para fora de seu corpo. O desagradável sangue preencheu todo o chão e os lados de seu rosto.
– Seu tempo acabou.

Agora, essa seria sua parte favorita. Ela discretamente esgueirou-se para o quarto de seu irmão. Silenciosamente abriu a porta com o sangue escorrendo de sua boca. Seu irmão não estava na cama, era evidente que ele deve estar escondido em algum lugar


– Irmão, irmãozinho – Ela começou a caminhar pra dentro. – Tudo o que eu queria, era fazer você se divertir um pouco. – Quando ela entrou mais, ela ouviu atentamente para qualquer som, qualquer respiração. Ela ainda cheirou o ar para seu cheiro pútrido, ela finalmente percebeu algo. Um barulho de respiração fraca.
* WHACK *
Ela caiu no chão tremendo. Seu irmão estava atrás dela com um taco de beisebol agora sangrento. Ele estava olhando para baixo com raiva. Ofegante de raiva, ela tentou lentamente se levantar, mas ele bateu nela novamente.

– Mamãe sempre gostou mais de você! – Ele bateu com força uma última vez antes de tomar um fôlego. Ela estava sangrando muito. Seus olhos verdes caíram, brilhando fracamente na escuridão. Sentia-se fraca e olhou mais de perto até o teto. Ela lembrou os dias que ela passou por aqui. Sendo torturada, tendo que apanhar de seu pai pelas travessuras que seu irmão fazia, pelos desenhos nas paredes que ele rabiscava de propósito para ela levar a culpa. Ela sentiu uma onda repentina de energia para seu corpo. Ela começou a rir insanamente. Seu irmão tentou atingi-la novamente, mas ela usou sua mão para bloquear.

– Você está indo para o inferno, irmão.

Com um grande impulso, ela empurrou seu irmão sobre a cama e ele bateu com a cabeça contra a parede. Ele rosnou com raiva. Ela esfaqueou as duas facas em seus braços, mantendo-o preso à parede. Ele gritava e se debatia.

– Vamos ver o que podemos usar aqui.

Ela começou a andar ao redor da sala e sorriu, vendo uma faca de manteiga em seu lado da cama. Ela pegou e caminhou até ele.

– Eles dizem que os olhos são os órgãos mais macios do corpo.

Ela lambeu a faca. Ele olhou com horror quando ela começou perfurava seus olhos. Ele gritou em voz alta e ela rapidamente amarrou um pano em volta da boca.

– Shhh. Não queremos que você acorde os vizinhos.

Ele não era capaz de ver nada e a dor era insuportável. Sangue vazou violentamente de suas órbitas. Ele chorava, mas agora era incapaz. Ela pegou uma tesoura e caminhou até ele.

– Eu acho que você precisa se ​​soltar, irmão.
Ela esfaqueou a tesoura em seu intestino e ele gritou. Ela o tratava como um trabalho de artes: cortando sua pele como papel. Ela levantou os grandes intestinos.
– Você sabe que eu te amo? Macarrão artistico!

Ela começou a cortar os intestinos em seções.

– Estes podem ser um pouco grande demais para caber em uma placa, no entanto.

Ela desceu para os dedos dos pés e começaram a rachar-los um por um. Em seguida, ela quebrou os dedos. Ele se engasgava em seu próprio sangue agora. Ela puxou o pano para baixo e sangue derramou de sua boca.

– Não, não irmão. Talvez isso vai fazer você se sentir melhor.

Ela colocou os dedos em sua boca, em seguida, enfiou em sua garganta. Ele engasgou e morreu.
– Seu tempo acabou.
A menina conhecida como Natalie entrou em seu quarto. No canto, viu sua girafa de pelúcia. Ela olhou para ele e, sem uma palavra, ela entrou no banheiro. Olhou-se e ouviu um barulho de uma pequena engrenagem. Ela olha para baixo e vê um relógio de bolso, ela olhou para ele. Ela pegou uma de suas facas, pegou o relógio de bolso e desmontou o relógio até que apenas o pequeno relógio foi deixado.

– O tempo faz você viver por meio de tortura. – Ela disse. Então começou lentamente a remover sue próprio olho esquerdo que ficou embaçado e vermelho. O olho caiu na pia. Houve um som de estalo que parecia que o relógio se encaixou perfeitamente em seu olho.
– Eu… Sou… Clockwork.
A jovem que antes era conhecida como Natalie se afastou de sua casa em chamas. No interior, a girafa lentamente queimava, juntamente com corpos de sua família.